Todo
o evangelho de Karl Marx pode ser resumido em duas frases: Odeie o
indivíduo mais bem-sucedido do que você. Odeie qualquer pessoa que
esteja em melhor situação do que a sua.
Jamais,
sob qualquer circunstância, admita que o sucesso de alguém pode ser
decorrente de seu esforço próprio, de sua capacidade, de seu preparo, de
sua superioridade em determinada atividade.
Jamais aceite que o
sucesso de alguém pode advir de sua contribuição produtiva para algum
setor da economia, contribuição essa que foi apreciada por pessoas que
voluntariamente adquiriram seus serviços.
Jamais atribua o sucesso de
alguém às suas virtudes, mas sim à sua capacidade de explorar,
trapacear, ludibriar e espoliar.
Jamais,
sob qualquer circunstância, admita que você pode não ter se tornado
aquilo com que sempre sonhou por causa de alguma fraqueza ou
incapacidade sua.
Jamais admita que o fracasso de alguém pode ser
devido aos defeitos dessa própria pessoa — preguiça, incompetência,
imprudência, incapacidade ou ignorância.
Acima
de tudo, jamais acredite na honestidade, objetividade ou imparcialidade
de alguém que discorde de você. Qualquer um que discorde de você
certamente é um alienado a serviço da burguesia e do "capital".
Este
ódio básico é o núcleo do marxismo. É a sua força-motriz. É o que
impele seus seguidores. Se você jogar fora o materialismo dialético, o
arcabouço hegeliano, os jargões técnicos, a análise 'científica' e todas
as inúmeras palavras presunçosas, você ainda assim ficará com o núcleo
do marxismo: o ódio e a inveja doentia do sucesso, que são a razão de
ser de toda esta ideologia.
Henry Hazlitt (1894-1993)